Frase

"A Revolução Francesa começou com a declaração dos direitos do homem, e só terminará com a declaração dos direitos de Deus." (de Bonald).
São Paulo, terça-feira, 17 de agosto de 2010

O "novo amanhecer" na Colômbia - Revolução Tribalista manifesta suas intenções

Autor: Edson   |   17:19   11 comentários

 (Foto: O novo presidente da Colômbia Juan Manuel Santos, um dia antes de sua posse no cargo, recebe, em cerimônia indígena, uma investidura “espiritual”)

Começo observando que nem todo amanhecer é ensolarado, florido e com pássaros cantando. Muitas vezes o dia se inicia com um céu cinzento e com nuvens escuras no horizonte que nos dá a incerteza do que há de vir. Sair de casa tomando a prudência de levar um guarda-chuva não é má ideia.

E é com um guarda-chuva que acompanho os fatos decorrentes da vitória eleitoral do novo presidente da Colômbia.

Vamos a eles.

Em 7 de agosto, um dia antes da posse de Juan Manuel Santos, sob o título Un milagro político, a revista Semana que pertence ao jornal El Tiempo, trata da mudança de governo em seu país.

O artigo resume em duas linhas uma dessas nuvens escuras que preocupam a qualquer um: a mudança de atitude da mídia. Durante a corrida eleitoral, as pesquisas de opinião e os jornais indicavam que Santos perderia logo no primeiro turno para o seu principal oponente Antanas Mockus que tinha todo o ambiente midiático a seu favor.

Manuel Santos era mostrado ao público como um "hombre sin escrúpulos" e "obsesionado con el poder a cualquier costo". Mas bastou Santos vencer as eleições que tudo mudou.

Transcreverei trechos da notícia intercalando comentários deste blog.
“Si un extranjero que hubiera venido a Colombia antes de la primera vuelta [primeiro turno] y hubiera leído la prensa regresara ahora y leyera esos mismos medios, no podría creer que se estuviera hablando de la misma persona. (...)

“Hoy, viendo la televisión y leyendo esa misma prensa, Santos parecería ser el hombre que no comete un solo error.”
Ou seja, a mídia recebeu uma espécie de ordem para dar a impressão contrária. A tal ponto que deixa no ar a ideia de que Santos não comete um só erro.

O problema é que se olharmos atentamente no horizonte, veremos que não é somente essa nuvem que nos causa apreensões. Infelizmente há outras muito mais carregadas.
“En cuanto a la polarización que vivía el país tanto a nivel nacional como internacional, esta parece haber desparecido de la noche a la mañana el 7 de agosto. (O negrito é meu)
As esperanças de dias ensolarados que o governo de Uribe prometia e cumpriu em grande parte na luta contra a guerrilha parece ter deixado de existir na véspera da mudança governamental.

Por quê?
“La seguridad democrática (...) dejó de ser prioritária para dar paso a la solución de los problemas sociales y económicos, cuyo rezago fue el costo de las victorias militares de la era Uribe."
Traduzindo, o combate as FARCs e ao narcotráfico não é mais prioridade. O que explica a atual aproximação de Santos com Hugo Chávez.
“Desde el mismo día de su elección, Santos empezó a soltar, gota a gota, señales de cambio."
A frase acima se encaixa perfeitamente no texto deste blog. Santos evitou falar das nunves escuras que traria consigo, deixou os eleitores pensarem que ele seria uma espécie de continuidade de Uribe. Mas, "gota a gota", foi soltando seus propósitos. Se a maioria das pessoas acham que garoa não molha, quanto mais uma gota.
“Su discurso de posesión mostró un talante de liberalismo tradicional muy distante del de centro-derecha que caracterizó al gobierno de Uribe y con el cual se identificaba al nuevo Presidente.”
Detalhe importante: Identificava - verbo conjugado tempo passado e não no presente.
"Colombia se prepara, por lo tanto, para lo que Juan Manuel Santos denominó en su discurso "un nuevo amanecer".
Realmente, trata-se de um novo amanhecer. Só não estou conseguindo encontrar o sol nesse panorama cinzento.

Vamos, agora, ver como começou esse "novo amanhecer" de Manuel Santos.

Na Cristandade os reis eram coroados por um bispo, indicando que seu poder vinha de Deus. E é mais ou menos nessas cenas de coroação que nossa imaginação se volta quando alguém nos fala da posse de algum chefe de estado onde este seja ligado oficialmente a religião. A Inglaterra, por exemplo.

Como vivemos em épocas conturbadas em que tentam nos passar a idéia panteísta de que a natureza é uma espécie de deus, Santos nada melhor achou para começar seu "novo amanhecer" do que pedir o consentimento de índios do norte da Colômbia para receber uma investidura “espiritual” um dia antes de sua posse como presidente.

O pedido de Manuel Santos foi aceito com restrições (vide notícia logo abaixo). Na cerimônia indígena, ele recebeu um bastão de mando como símbolo de sua autoridade e quatro pedras que significam seu compromisso com a natureza. (Cfr: AFP, 7/8/2010)

A conseqüência disso é que transparece que seu poder de mando como presidente da Colômbia não abarcaria aos índios caso eles não aceitassem.

Acha essa afirmação um exagero meu? Então leia alguns trechos do que escreveu um líder indígena na revista Semana um dia depois da posse – não “espiritual, mas oficial – de Santos (os negritos são meus):
09 de agosto de 2010
¿Le cumplirá Santos a los pueblos Indígenas de Colombia?
Rodolfo Adán Vega Luquez

“Lo acogimos en nuestra casa, en el corazón del mundo. Le brindamos la sabiduría de nuestros líderes espirituales, en sitio sagrado. Le entregamos nuestros símbolos, revistiéndolo de investidura para el buen gobierno.

“La propuesta de 'Prosperidad económica' de Santos, si no tiene el consentimiento previo, libre e informado de las autoridades Indígenas y los mismos líderes espirituales que lo posesionaron ayer en la sierra, será tan nefasta y depredadora como el legado que deja su antecesor.

El acto de posesión fue consultado, a lo que nuestros mamos luego de una reflexión y consulta interna accedieron al consentimiento. Ojalá, así como este acto simbólico de posesión fue consulto, esperamos que todas las leyes y megaproyectos que atenten contra nuestros territorios y el medio ambiente, no se lleven a cabo sin el consentimiento de nuestras autoridades.

Ya que ni Marx, ni Lenin, ni Rosa Luxemburgo o Antonio Gramsci, tuvieron en cuenta que existían indígenas para su llamada revolución. De esta manera, tanto la izquierda como la derecha y su lucha por el poder y la acumulación, difieren del pensamiento indígena del buen vivir, de la cosmovisión sobre la tierra y la lucha histórica por los procesos autonómicos"
Por aí se percebe o tom da situação que, no mínimo, Manuel Santos favoreceu. A luta pela fragmentação do território colombiano que as Farc´s não conseguiram levar a cabo, agora é a vez dos índios revolucionários tentarem.

Isso tudo bem lembra a terceira parte do livro Revolução e Contra-Revolução, onde o professor Plinio Corrêa de Oliveira descreve a 4º Revolução Tribalista. Vale a pena dar uma lida, clique aqui.

Rezemos a Nossa Senhora de Chiquinquirá, padroeira da Colômbia, para que proteja essa nossa nação irmã e atrapalhe os planos da Revolução.

São Paulo, segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Quando a despenalização vira direito – O caso da Colômbia: caça aos anti-abortistas

Autor: Edson   |   21:52   12 comentários

Transcrito no site Nascer é um Direito

A Corte Constitucional da Colômbia, em 2006, despenalizou a prática do aborto em casos de estupro, riscos à saúde da mulher e de crianças com anencefalia. Para gestantes menores de idade, ficou apenas como obstáculo a necessidade de uma “permissão judicial”.

Tal despenalização foi logo entendida como um direito. E a corte passou a exigir, em 2009, que os Ministérios da Educação e Proteção Social promovessem programas educacionais para expor os assim chamados “direitos sexuais e reprodutivos”.

A sentença solicitou que se assegurasse que todas as entidades prestadoras de serviços de saúde “respeitem o direito das mulheres a abortar”. E aboliram a necessidade da “permissão judicial” para a prática do aborto em menores devido ao de fato de vários juízes, alegando o direito à objeção de consciência, se negarem outorgá-lo.

A Corte também buscou cercear o direito à objeção de Consciência nos centros médicos ao mandar o Tribunal Nacional de Ética Médica abrir investigações nos casos em que a realização do aborto seja negada.

Tais medidas foram tomadas por pressão da ONU que em 2007 pediu à representação colombiana para que liberalize ainda mais o aborto e desenvolva campanhas favoráveis a tal prática; enfim, uma maior aplicação do protocolo da “Convenção para a Eliminação de toda forma de Discriminação contra a Mulher” (CEDAW). (Cfr. Rádio Vaticano, 3/2/2007).

Despenalização e direito
 
Como bem observou Justo Aznar, diretor do Observatório de Bioética da Universidade Católica de Valência San Vicente Mártir, em entrevista à Zenit, “não é a mesma coisa descriminalizar um delito e exercer um direito”, pois, “tudo que é legal também é moral”. E a conseqüência disso, alerta Aznar, é que “certamente será ampliada no nosso país a ideia de que o aborto é um ato moralmente aceitável”.

Transformar tal prática em um direito é a meta do movimento pró-aborto. Primeiro os abortistas costumam sensibilizar as pessoas dizendo que também são contra o aborto, mas que a penalidade legislativa imposta não ajuda em nada, apenas coloca as mulheres na ilegalidade e dificulta qualquer possível ajuda às mesmas. “Ninguém é favorável ao aborto”, dizem eles.

Mas é só despenalizar o aborto que o discurso muda, passando, então, a ser abordado como um direito da mulher. Como se bastasse o roubo de carteiras ser despenalizado para se transformar em um direito dos trombadinhas.

Aquilo que era defendido como um mal menor, transforma-se em uma necessidade ontológica feminina de direito natural que deve ser reconhecida por todas as constituições e, muito além disso, por todas as consciências.

Considerando o aborto um “direito sexual e reprodutivo” que uma mulher pode praticar livremente sem coerção externa em nenhum sentido, compreende-se a guerra que o movimento pró-aborto desenvolve no mundo inteiro contra a objeção de consciência.

É o caso do Dr. Germán Arango Rojas que perdeu, em 2008, o direito de exercer a medicina após se negar a realizar um aborto em uma menor de idade, a pedido dos pais. A penalidade foi imposta pelo Tribunal de Ética Médica Nacional ao médico colombiano que, sem direito à defesa, foi ainda obrigado a indenizar a menor.

Liberdade para o homem enquanto "revolucionário"
 
E assim a inversão de valores do mundo atual chega ao seu extremo colocando na ilegalidade os que lutam pela vida indefesa.

Em seu livro Revolução e Contra-Revolução, o professor Plinio Corrêa de Oliveira expõe com precisão essa característica do liberalismo moral mais exacerbado:

“Percebe-se que o liberalismo pouco se importa com a liberdade para o bem. Só lhe interessa a liberdade para o mal. Quando no poder, ele facilmente, e até alegremente, tolhe ao bem a liberdade, em toda a medida do possível. Mas protege, favorece, prestigia, de muitas maneiras, a liberdade para o mal. No que se mostra oposto à civilização católica, que dá ao bem todo o apoio e toda a liberdade, e cerceia quanto possível o mal.

“Ora, essa liberdade para o mal é precisamente a liberdade para o homem enquanto ‘revolucionário’ em seu interior.” (Parte I, Cap VII, pág 68, Art Press, 1998)

São Paulo, sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Governador mexicano é multado em 2 mil dólares por haver mencionado nome de Deus em campanha eleitoral

Autor: Edson   |   22:11   5 comentários

No passado, considerava-se delito blasfemar contra o nome de Deus, agora é crime mencioná-lo. Esse foi o caso do atual governador de Sinaloa, México, Mario López Valdez (foto acima) que venceu as recentes eleições para o governador e foi multado por ter, durante sua campanha eleitoral, pronunciado o nome de Deus.

O Tribunal Eleitoral do Poder Judiciário da Federação, órgão máximo na matéria no México, alegou a laicidade do estado e a proibição constitucional que proíbe o uso de expressões religiosas em disputa eleitoral, para justificar a punição.

Os Partidos derrotados ainda se acharam no dever de denunciar ao tribunal que Mario López invocou a proteção de Deus em outras ocasiões.

Como bem alertou o Professor Plinio Corrêa de Oliveira, em seu livro Revolução e Contra-Revolução, “o laicismo é uma forma de ateísmo. (...) Ele afirma a impossibilidade de se ter certeza da existência de Deus. De onde, na esfera temporal, o homem deve agir como se Deus não existisse. Ou seja, como pessoa que destronou a Deus.” (Parte I, Cap VII, pág 63, Art Press, 1998)

São Paulo, quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Superficialidade, mau gosto e libertinagem

Autor: Edson   |   21:57   9 comentários

O homem de hoje vive depressivo, cansado e sem tempo. Nada lhe sacia. Para ele a felicidade é o prazer constante. Chega a imaginar que se uma pessoa pudesse sentir a cada momento uma sensação sensível, aprazível, este seria feliz.

Nesta perspectiva, a menor das dores é considerada, pelo homem de hoje, a desgraça suprema.

Dor. Palavra proibida. Excluída do vocabulário do dia-a-dia. Pronunciá-la traz má sorte. Falar em mortes, doenças ou desastres tornou-se politicamente incorreto. Todo mundo precisa sorrir para tudo e para todos.

Fugir do sofrimento é o ideal de nossos contemporâneos. E por não conseguirem escapar dessa pena imposta por Deus como castigo do Pecado Original, vivem sofrendo. E sofrem por não se livrar da dor. Preferem se deixar iludir pela promessa de um mundo utópico sem ela do que aceitá-la como meio de santificação.

E por recusarem a lógica da dor, sem lógica são suas ações dolorosamente ilógicas.

O homem de hoje despreza o tradicional e durável. Ele gosta da novidade, do superficial e do descartável. O que compra hoje, não tem valor amanhã. Mas se ufana em possuir na sociedade moderna direitos de consumidor para reclamar pela má qualidade dos produtos.

O homem de hoje abandonou o bom gosto dos ambientes do passado e o valor de uma boa conversa para passar grande parte de sua vida diante da TV, sentado num puff, com uma lata de refrigerante - Light, é claro - na mão e comendo qualquer coisa "sem gordura trans". O auge de suas relações sociais se limitam a rodas de piadas, fofocas e deboches dos defeitos de amigos que não estão presentes.

O homem de hoje pouco se importa com normas morais. Luta com toda fibra por mais e mais liberdade, não suporta a menor repreensão, mas se espanta com o aumento da criminalidade, do narcotráfico, da pedofilia e da maternidade precoce.

O homem de hoje, em favor da agitação e do barulho, abandonou a temperança, o recolhimento e o remanso; e encontrou a depressão, o cansaço e a falta de tempo. Por uma vida de piadas e gargalhadas, desprezou a seriedade e a serenidade e obteve em troca a tristeza e estupidez no trato. Quis liberdade e se indignou por sua filha de 15 anos estar grávida e não saber dizer quem é o progenitor.

O homem de hoje colocou a tradição, o bom gosto e a moralidade no banco dos réus. Ele via na superficialidade, no grotesco e na libertinagem um caminho para fugir da dor. Pensava que se entregando ao instintivo e ao espontâneo chegaria, enfim, ao reino da felicidade terrena repleta de prazeres.

O homem de hoje baniu da sociedade o que havia de bom no passado, construiu um presente sombrio e deixará como herança um futuro onde só se vislumbram catástrofes no horizonte.

Só nos resta uma esperança.

“Por fim, o meu Imaculado Coração triunfará!” (Nossa Senhora de Fátima, 1917)

São Paulo, segunda-feira, 9 de agosto de 2010

PNDH-3 em debate, não perca!

Autor: Edson   |   14:49   14 comentários

Participe do Fórum:

As ameaças do 
Programa Nacional dos Direitos Humanos–3 
continuam!

Em 22 de dezembro de 2009, por decreto, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva pôs em vigor o Plano Nacional de Direitos Humanos-3 (PNDH-3), texto agressivo, totalitário e coletivista, que traumatizou a Nação. O diploma legal, saudado com entusiasmo pelas esquerdas, não teve condições políticas de sustentação. Quase cinco meses depois, premido pelo clamor da inconformidade popular e por conveniências eleitorais, o governo finalmente alterou em pontos fundamentais o PNDH-3. Foi verdade ou show? Você precisa saber para ficar atualizado.
  • O que pensar deste programa da coligação governista, que procura enfiar o Brasil nos moldes de sua utopia de destruição?

  • O governo, ao ajustar pontos do programa que traumatizaram a Nação, ferindo-a em seus sentimentos de religião, nacionalidade e autonomia pessoal, recuou como foi noticiado por certa imprensa? Ou fez retirada momentânea sem abandono a objetivos programáticos irrenunciáveis para revolucionários, hoje no governo, obcecados por seus ideais de demolição?
Estas e outras perguntas de enorme atualidade serão respondidas por especialistas na matéria, com grande experiência da vida pública brasileira.

Dia 26 de agosto de 2010

Local: GOLDEN TULIP– Paulista Plaza

Endereço: Alameda Santos, 85 – Jardins – São Paulo

Acesse o site da Pela Legítima Defesa e confirme gratuitamente logo sua presença, as vagas são limitadas.

Conferencistas

Prof. Ives Gandra da Silva Martins
As inconstitucionalidades no PNDH-3.

Príncipe D. Bertrand de Orleans e Bragança
A corrosão do direito de propriedade no PNDH-3.
Reforma agrária, quilombolas, questão indígena.

Deputado Federal Jairo Paes de Lira
O PNDH no Congresso Nacional.
Aborto, “casamento homossexual” e desarmamento.

Dr. Paulo Uebel, Diretor executivo do Instituto Millenium
Aspectos econômicos do PNDH-3
– A prosperidade e o desenvolvimento humano

Programação

19:30 hs Recepção e welcome coffee
20:00 hs Início do fórum
22:00 hs Considerações finais e Encerramento

Realização e Patrocínio:

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