Frase

"A Revolução Francesa começou com a declaração dos direitos do homem, e só terminará com a declaração dos direitos de Deus." (de Bonald).
São Paulo, sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Vídeo: baderneiros da Unesp impedem palestra de príncipe brasileiro

Autor: Edson   |   11:13   7 comentários

Exemplo típico da decadência do ambiente universitário foi o ocorrido na Unesp, em Franca, no último dia 28, onde baderneiros impediram que o Príncipe Imperial do Brasil, Dom Bertrand de Orleans e Bragança, fizesse uma palestra sobre "o papel da família real brasileira na formação do país".


Os manifestantes acusaram o príncipe de fascista ao mesmo tempo que utilizaram-se de um recurso fascista para impedir a palestra. Aliás, chamar de fascista quem é de direita revela outro ponto de decadência intelectual de quem ou tem má fé ou não entende nem a origem nem o significado real da palavra.


Segundo Carta Capital, para o o aluno de História e membro do Diretório Acadêmico da Unesp, Thiago Rodrigues, a intenção da ação era debater o interesse de convocar Bertrand. "Queríamos entender a razão para convocar para o ambiente universitário uma pessoa que é contra a reforma agrária como o príncipe de Bragança e seu amigo próximo, o jornalista José Carlos da Sepúlveda da Fonseca, que apoiou a marcha da Tradição, Família e Propriedade e o golpe militar de 1964?", disse o estudante.

Pelo jeito, não só o ambiente está em decadência, mas a própria capacidade dos alunos universitários de aprenderem qualquer coisa que seja. Se acreditarmos nas demagogias do tal estudante, precisamos aceitar que José Carlos da Sepúlveda da Fonseca fundou a TFP quando tinha um ano de idade e que aos quatro apoiou a referida marcha que o estudante demonstrou nem sequer saber o nome correto: "Marcha da família com Deus pela liberdade".

O fascismo pregava o controle total do Estado sobre a sociedade e esse aluno - "anti-fascista", é claro - defende o total controle da universidade pela ideologia de esquerda. Daí a incompreensão dele - que julga justíssima - ao saber que uma pessoa contra a reforma-agrária foi convidada para palestrar na Unesp.

Aliás, ele disse que o objetivo era debater, não? Então vejam os argumentos intelectuais da futura "elite democrática" brasileira, que cujo modo de debater lembra o famoso slogan fascista: “verdade é tudo aquilo que o mais forte consegue impor”.

Falta de respeito: Estudantes da Unesp atacam trineto de Dom Pedro durante palestra

Autor: Edson   |   10:18   2 comentários

O trineto do imperador Dom Pedro II foi praticamente atacado por estudantes da Unesp em Franca.

Dom Bertrand de Orleasn e Bragança esteve em Franca na noite de terça-feira (28), e pretendia realizar uma palestra na universidade, mas o evento foi marcado por manifestações de estudantes.

A palestra falaria sobre a importância da monarquia no país, mas assim que chegou a sala, o palestrante foi chamado de nazista e acusado por vários estudantes de ferir a dignidade humana.

Muitos universitários acabaram xingando o trineto de Dom Pedro e fizeram gestos obscenos em direção ao palestrante.
Diante da situação, a palestra teve que ser transferida para a faculdade de direito, onde Dom Bertrand foi recebido de uma forma mais educada.

Em relação aos universitários da Unesp, o descendente do Imperador afirmou que foi uma estupidez.

Episódios de falta de educação na Unesp de Franca não são novidades, tempos atrás, estudantes em protesto defecaram na frente do reitor da universidade durante a realização de um evento no antigo campus na centro de Franca.

Fonte: Franca Notícias

Leia também a nota do presidente do Conselho Municipal da Juventude, estudante da Faculdade de Direito Municipal

São Paulo, quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Maconha prejudica a memória e a inteligência especialmente em adolescentes, revela pesquisa

Autor: Edson   |   11:09   11 comentários


Segundo o site UOL (27/8/2012), “pesquisadores da Grã-Bretanha e dos Estados Unidos descobriram que o uso persistente e dependente da maconha antes dos 18 anos de idade pode ter um efeito neurotóxico, mas que o uso frequente de maconha depois dos 18 anos parece ser menos prejudicial ao cérebro”.

O resultado de um estudo realizado desde 1972, que analisou dados de mais de 1.000 pessoas, revela que o uso frequente e continuado da maconha é prejudicial para a memória e inteligência especialmente para os adolescentes. Isto porque a formação do cérebro se processa até o término da adolescência, isto é, “ainda está sendo organizado e remodelado para se tornar mais eficiente, e pode ser mais vulnerável a danos das drogas”.

A pesquisa foi feita por Terrie Moffitt, professora de psicologia e neurociência no Instituto de Psiquiatria do King’s College de Londres, e Madeleine Meier, pesquisadora de pós-doutorado da Universidade Duke nos Estados Unidos, que afirmou que “a maconha não é inofensiva, principalmente para os adolescentes”.

Por que destacamos esta notícia?

Assistimos ao processo de remodelação da sociedade brasileira através de PNDH3 e mais recentemente a reforma do Código Penal em discussão no Senado que irão culminar com a completa descristianização da sociedade brasileira caso ninguém levante barreiras para contê-la.

A nova redação propõe a descriminalização do porte de drogas para consumo pessoal durante 5 dias. Isto constitui evidente estímulo à propagação do consumo de drogas em especial a maconha que é considerada “leve”.

A pergunta que não quer calar é: quaisquer que sejam os motivos alegados pelos proponentes da liberalização das drogas, não se lhes passou pelas fimbrias de sua consciência que liberar o consumo de drogas pode levar ao vício e prejudicará a juventude definitivamente?

Leiam também: Maconha http://www.areaseg.com/toxicos/maconha.html

Fonte: Instituto Plinio Corrêa de Oliveira

São Paulo, terça-feira, 28 de agosto de 2012

Quem é o maior brasileiro de todos os tempos? Vote pela Princesa Isabel!

Autor: Edson   |   16:03   1 comentário


O canal de televisão SBT está promovendo um concurso para saber quem é "o maior brasileiro de todos os tempos". Amanhã (29/8/2012) encerrá a votação entre a Princesa Isabel e o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, o vencedor passa para a próxima etapa.

Para participar, basta clicar no botão "votar" ou enviar o SMS. Vote e rapasse o link para seus contatos:

http://www.sbt.com.br/omaiorbrasileiro/candidatos

São Paulo, sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Blog repercute no site da Veja

Autor: Edson   |   15:03   2 comentários

No dia 22 de agosto último, Ricardo Setti transcreveu em seu blog, no site da revista Veja, o artigo de Luis Dufaur: Chega de igualdade! Mulher não dá para ser soldado!” – diz capitã dos "marines" dos EUA.


São Paulo, quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Fragmentos da “História da polidez”

Autor: Paulo Roberto Campos   |   11:59   2 comentários



A propósito do que temos exposto sobre excelência da cortesia, mencionei certo comportamento (melhor diria “fenômeno”) que muito me surpreendeu em Paris: temia não ser bem acolhido e ser tratado rispidamente (conforme a lendária falta de hospitalidade e descortesia do francês de nossos dias), mas, muito pelo contrário, fui muito bem acolhido e tratado com extrema gentileza. Como procurava explicação para esse fato que me assombrou, um amigo, o Sr. Marcos Aurélio Vieira, disse-me que tinha lido um livro, publicado em 2009, sobre a história da polidez na França. Segundo ele, em tal livro certamente eu encontraria resposta para o “fenômeno”.

Claro, pedi o livro emprestado! No que fui gentilmente atendido com toda presteza. Assim, comecei a ler a obra (544 páginas, sem nenhuma ilustração... Para o público brasileiro, creio que ela lucraria com algumas ilustrações...). Pretendo publicar aqui alguns trechos escolhidos para proveito de nossos leitores. Antes disso, alguns dados:

Frédéric Rouvillois. Nascido em 1964, 
mora em Paris, onde é professor 
de Direito Público na Universidade
de Paris-V. Autor de várias obras 
sobre história das ideias, é bibliófilo 
e colecionador, desde sempre, 
de tratados de savoir-vivre.(*)
A obra: A HISTÓRIA DA POLIDEZ. De 1789 aos nossos dias. (Título original: Histoire de la Politesse. De la Révolución à nos jours. “Grua Livros”, São Paulo, 2009.

O autor: Frédéric Rouvillois. Um professor de Direito que realizou extensa pesquisa histórica a partir da Revolução Francesa — marco da transformação não apenas do regime até então vigente, mas das boas maneiras, costumes e hábitos, impostos pelos novos detentores do Poder (Danton, Marat, Robespierre et caterva). Estes, entre inúmeras aberrações, mudaram até o calendário; gestos de cortesia passaram a ser mal vistos; aboliram o tratamento de “Monsieur” e “Madame” (todos os homens e mulheres, segundo os revolucionários, deveriam ser tratados simplesmente “citoyens” [“cidadãos”]); aboliram o “Vous” (todos eram obrigados a se tratarem por “tu”). Em suma: após terem derrubado a Monarquia, queriam implantar o reino do igualitarismo total. O livro, vencedor do Gran Prix Du histoire de 2007, trata das modificações que ocorreram nos costumes do dia-a-dia, desde a Revolução Francesa (1789) até os tempos atuais.


Para a postagem de hoje, ofereço aos leitores alguns “morceaux choisis” mais significativos que escaneei da introdução do referido livro (entre as págs. 9 a 16). Apenas inseri os subtítulos, as ilustrações, e assinalei alguns pontos.

São Paulo, quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Brasil seriamente ameaçado: novo Código Florestal e revolução do PNDH-3

Autor: Helio Dias Viana   |   13:48   3 comentários

PNDH-3 - Código Florestal
A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, e o advogado-geral da União, Luís Inácio Adams, anunciam o veto da presidente Dilma Roussef em 12 itens do texto do Código florestal


Por meio do Ecologismo e do Ambientalismo tenta-se fazer o que com a Reforma Agrária não se conseguiu; o PNDH-3 e a marxistização do País.

Em nenhum país do mundo o comunismo conseguiu instaurar-se sem uma Reforma Agrária radical que transferisse para o Estado ou reduzisse a propriedade privada à sua expressão mínima no campo, para depois golpeá-la na cidade. Amiúde ouvimos um dos expoentes da Teologia da Libertação, Frei Betto, reclamar da falta de concretização desta reforma, que à semelhança de conhecidos teóricos comunistas ele reputa indispensável para a implantação do socialismo no Brasil.

Malogro da Reforma Agrária

Aqui, a implantação de uma tal Reforma Agrária vem sendo obstinadamente tentada desde os remotos anos de 1960, no período de João Goulart. E desde então os sucessivos governos, inclusive o militar, criaram e implementaram órgãos encarregados de aplicá-la. Com fortíssimo apoio eclesiástico de esquerda e patrocínio semi-oficial, formaram-se a certa altura grupos de agitadores mal chamados de movimentos sociais, que através de invasões de imóveis rurais procuram criar pretexto para o governo depois fazer as desapropriações.

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, por exemplo, em entrevista a uma revista francesa, declarou que utilizava a dialética nas suas relações com os sem-terra: eles exigiam muito e ele lhes cedia um pouco... A velha política suicida do “ceder para não perder”.

Plinio Corrêa de Oliveira, a partir dos anos 60, e depois seus discípulos nunca deixaram de denunciar os perniciosos males da Reforma Agrária socialista e confiscatória, que atenta contra dois mandamentos da Lei de Deus – “Não roubarás” e “Não cobiçarás as coisas alheias” –, bem como os diversos planos para a sua implantação no Brasil. Daí resultou que, no decurso desse meio século, todas as tentativas de sua aplicação onímoda tornaram-se frustras, para desespero da esquerda, que via assim obstado seu intento de implantar o regime comunista em nossa Pátria.

A única saída para esse impasse seria pôr em segundo plano a Reforma Agrária clássica e apelar para outro meio de executá-la, com outro nome e de outro modo, sem despertar reações. Esse novo meio teria, ademais, o condão de aplicá-la em escala nunca dantes ousada e atraindo aplausos de incontáveis desavisados.

Duas novas bandeiras da esquerda

A ecologia e o ambientalismo passaram em dado momento a ser adotados como bandeira pelos esquerdistas, que difundiram no mundo inteiro a falsa ideia de que o planeta acabaria destruído, se não fossem tomadas medidas drásticas de proteção ambiental. E, por incrível que pareça, anos atrás foi escolhido no Brasil, para relator do projeto de Código Florestal, o deputado federal Aldo Rebello, cujo partido, o PC do B, sempre foi o inimigo número um da propriedade privada...

Atual ministro dos Esportes, Rebello – cuja sinceridade em não ocultar que continua autêntico comunista ele demonstrou ao enviar mensagem de pêsames pela recente morte do ditador da Coreia do Norte – realizou então todo um trabalho de defesa, ao menos aparente, dos interesses dos proprietários rurais, passando a ser considerado por eles como um aliado da classe!

Apesar de o texto do Novo Código Florestal apresentado pelo relator e aprovado pela Câmara de Deputados ser inaceitável no seu conjunto, contendo graves violações do direito de propriedade, foi ele posteriormente modificado por uma equipe de especialistas no Senado, tornando-se ainda muito pior. Um de seus pontos mais graves concernia à principiologia anexada a seu artigo primeiro, a qual deveria reger todos os dispositivos do Código, que é inteiramente rejeitável.

Assim, ao interpretar a lei nos casos contenciosos, que prometem se multiplicar, o juiz deveria agir de acordo com a referida principiologia, que sob pretexto de preservação ecológica golpeia a fundo o direito de propriedade.

O projeto de Novo Código Florestal voltou novamente à Câmara, e a principiologia, além de diversos outros pontos incluídos no Senado, foram rejeitados por grande maioria de votos. Isso causou considerável indignação no Planalto. Tocava doravante à presidente Dilma sancioná-lo ou vetá-lo, total ou parcialmente. Pela primeira opção houve algumas poucas manifestações, enquanto as esquerdas, com largo apoio da mídia, armaram grande estardalhaço a favor do veto.

Receosa de qual poderia ser a reação na hipótese de um veto total do projeto da Câmara, a presidente preferiu vetar 12 pontos, restaurando partes essenciais propostas pelo Senado, sobretudo a principiologia. Além dos vetos houve 32 modificações, 14 das quais recuperando o texto aprovado pelo Senado, cinco se referindo a novos artigos, e 13 ajustes de conteúdo.

O Congresso deverá pronunciar-se sobre os vetos, bem como sobre a Medida Provisória que a presidente editou com o objetivo de preencher o vácuo legal criado por tais vetos e modificações. Terão os parlamentares a coragem cívica de rejeitar os vetos, evitando ao País o “engessamento” da produção agropecuária com suas evidentes e dramáticas consequências?

Aplicação radical do PNDH-3

Se além do Novo Código Florestal nós atentarmos também para a perigosa e irresponsável ampliação das reservas indígenas pelo Judiciário, para a expropriação de terras sob pretexto do mal-chamado (e nunca definido) trabalho escravo, para a questão dos quilombolas – sem falar dos inadmissíveis golpes que estão sendo assestados contra a instituição familiar pela reforma do Código Penal e pelas propostas indecorosas da senadora Martha Suplicy –, é toda uma revolução radical que está em curso no País, visando a transformá-lo em um regime marxista. Revolução programada nos seus mínimos detalhes pelo Plano Nacional de Direitos Humanos (PNDH-3) editado em dezembro de 2010 pelo governo federal.

Conclusão

Resumindo, o Brasil se defronta com uma forte arremetida do governo e das esquerdas, contando para isso com a decidida e incompreensível colaboração de um Poder Judiciário cada vez mais subserviente aos interesses do Executivo, e de um Legislativo que abre mão de suas prerrogativas e vai também se deixando subjugar.

Peçamos a Nossa Senhora Aparecida, Padroeira da Nação, que na presente conjuntura nos seja especialmente propícia, despertando a opinião pública nacional para os graves perigos que se apresentam, a fim de que o Brasil possa cumprir a cristã e providencial missão que lhe foi destinada.

São Paulo, terça-feira, 21 de agosto de 2012

Petição ao governo chinês pela libertação do bispo auxiliar de Xangai

Autor: Edson   |   14:46   Seja o primeiro a comentar


Na cerimônia de sagração do novo bispo católico auxilar de Xangai, Dom Thaddeus Ma Daqin (foto ao lado), até então filiado a Associação Patriótica Católica - órgão do governo comunista chinês que não aceita a autoridade do papa -, compareceu Dom Zhan Silu, bispo “oficial” de Mindong não reconhecido por Roma e também afiliado a mesma associação.

Dom Thaddeus, durante a sagração, recebeu a imposição das mãos dos bispos fiéis à Roma, recusando-se a receber de Dom Zhan Silu e também de receber a comunhão desse bispo ilegal.

Em sua homilia, Dom Thaddeus emocionou o povo com sua coragem ao salientar que não convém continuar servindo a cismática Associação Patriótica.

Mas na China, o preço da fidelidade à Roma custa um valor. Misteriosamente, Dom Thaddeus  “desapareceu” logo após a cerimônia.

Apesar das autoridades eclesiásticas de Hong Kong afirmarem que ele foi preso, o governo chinês alega que ele está descansando no seminário local porque “sofria de esgotamento físico e moral”.

Diante de mais essa perseguição religiosa, começou uma petição online a ser entregue ao governo chinês em Xangai pedindo a liberdade para Dom Thaddeus.

Clique aqui para assinar esse protesto e divulgue entre seus contatos.

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Fonte consultada:
Blog Pesadelo Chinês

São Paulo, segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Ateus querem retirar cruz do museu do World Trade Center. Eles afirmam sofrer dores físicas e emocionais com a presença dela

Autor: Edson   |   16:38   10 comentários



Há um ano, um grupo de ateus do movimento American Atheist Inc entraram com uma ação judicial exigindo que a World Trade Center (WTC) Memorial retirasse o crucifixo feito com destroços do WTC que foi instalado com destaque no museu da instituição. Nesta semana, os advogados do memorial pediram para que o tribunal de Manhattan descarte a ação movida pelos ateus.

(Foto acima: o crucifixo instalado na frente da igreja São Pedro, em Manhattan.)

História da cruz milagrosa

Dois dias após os ataques terroristas de 11 de setembro (2001), os trabalhadores encontraram entre os destroços do World Trade Center uma viga de aço, com a forma de um crucifixo, de cerca de 10 metros de diâmetro, 20 metros de altura e pesando 10 toneladas (foto ao lado).

"Foi uma cruz inconfundível, feita de metal retorcido, como se tivesse sido intencionalmente plantada", disse um trabalhador da equipe de resgate. O produtor do Filme “The Cross and the Towers” (ver trailer no final do post), Scott Perkins, disse que, diante dos esforços exaustivos dos trabalhadores, "era como se Deus estivesse estendendo a mão e dizendo: 'Eu estou com você, eu estou aqui, venha encontrar a paz em mim'".

Depois de encontrada, a cruz foi transferida para a igreja de São Pedro, uma paróquia católica perto do local do desastre, em Manhattan.

Fanatismo ateu

Em julho do ano passado, a cruz foi transferida da frente igreja para o museu do memorial, provocando a ira dos ateus.

Para Kenneth Bronstein, presidente do New York City Atheists, "a cruz não é um milagre. É apenas um par de vigas enferrujadas, uma das centenas encontradas após as Torres Gêmeas caírem".

Dave Silverman, presidente do American Atheists, autor da citada ação judicial, afirma que a permanência do símbolo católico contraria a constituição americana e é uma forma de divulgação, por parte do Estado, de uma Religião em detrimento das demais.

A cruz precisou entrar
pelo teto do museu.
"Os cristãos podem amar e se reunir em torno do que eles quiserem, e se eles querem endeusar um pedaço de entulho, isso é com eles, mas isso não significa que eles merecem uma representação exclusiva no memorial do WTC",  disse Silverman.

Dores físicas e psicológicas pela presença da cruz

Os ateus afirmam no texto da ação judicial que "sofreram, sofrem e continuarão a sofrer danos, tanto físico como emocional, pela presença da cruz". Eles dizem ter "sofrido dispepsia, sintomas de depressão, dores de cabeça, ansiedade e angústia por se sentirem excluídos oficialmente das fileiras dos cidadãos que foram diretamente prejudicados pelo ataque de 9/11".

A defesa do Museu

Em resposta, o World Trade Center Memorial Foundation (WTCMF) defendeu o crucifixo, por ser "símbolo de conforto espiritual para milhares de trabalhadores que atuaram no resgate das vítimas do Ground Zero".

No documento de defesa entregue ao tribunal, o WTCMF descreve que é uma organização independente, sem fins lucrativos, e não uma agência governamental. "As decisões de seus curadores de mostrar objetos particulares no museu não são ações do Estado" e, portanto, as proteções constitucionais citadas no processo não são aplicáveis.

De acordo com o museu, a cruz é um "artefato importante e essencial" que "compreende um componente chave da nova versão da história de 9/11, em particular o papel da fé nos eventos daquele dia e, principalmente, durante os esforços de recuperação".

Trabalhadores rezam diante do crucifixo.
"Depois de sua descoberta, o artefato foi venerado por alguns trabalhadores durante o curso da operação de resgate e recuperação no Ground Zero, incluindo nos serviços religiosos realizados por um sacerdote", diz o documento.

O museu também se negou a atender ao pedido de grupos ateus de colocar em exposição um artefato de 17 metros ou um broche de lapela em memória do ateísmo.

Alice Greenwald, diretora do museu, explicou que "não é irracional que o Museu 9/11 não apresente esses itens", pois o Museu não é  um "negócio de fornecer tempo igual para as religiões, mas sim para contar a história de 9 de setembro e de suas vítimas".


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Fontes consultadas:

- OpposingViewsAtheists See World Trade Center Cross as Battle Over Equal Rights, 19/8/2012.
- CBS New York, Atheists Want WTC Cross Out Of 9/11 Museum, 15/8/2012.
- New York Post, 9/11 cross check, 15/8/2012.
- ABS CBN News, World Trade Center 'cross' causes religious dispute among Fil-Ams, 20/8/2012.

São Paulo, sábado, 18 de agosto de 2012

A cortesia francesa

Autor: Paulo Roberto Campos   |   09:48   1 comentário



Como temos tratado aqui sobre a cortesia (ou a falta dela), permita-me contar algo pessoal para exemplificar a respeito do tema.

Numa recente viagem a Paris (a primeira em minha vida), preparei-me e fui “escudado” para receber todo tipo de “alfinetadas”, descortesias, indiretas, diretas, “patadas” etc., pois — era o que eu ouvia aqui no Brasil —, “na atualidade, em geral o francês é ranzinza e trata mal todo mundo”. Um engano! Fiquei muitíssimo surpreso, e encantado, ao encontrar o oposto do que ouvia. Encontrei os franceses extremamente amáveis, manifestando suprema cortesia em atender, em dar informações, até pormenorizadamente, a um estrangeiro como eu. Poderia dar vários exemplos do bom trato recebido e das boas maneiras que presenciei.

Se o francês foi ranzinza (ou ainda o é), ele não manifesta sua “ranzinzice”. A gentileza impera. Não sei se posso generalizar, e nem sei se a França inteira é assim. Nem estou seguro para dizer que a França foi ranzinza e que agora mudou. Mas o testemunho que eu dou é que, atualmente, o parisiense apresenta-se muito cortês. É a impressão que tive nos inúmeros contatos com a gentileza na “Cidade Luz”, não presenciando grosserias ou indelicadezas no trato. Na verdade, uma só, mas creio que foi a exceção que confirma a regra.

Mas, é claro, você também precisa tratar os franceses com toda cortesia. Por exemplo, usei aqui o pronome “você” (o que parece compreensível no Brasil, ao me dirigir aos diletos leitores deste blog). Lá o pronome correto no caso é “Vous”, tanto para a Madame como para o Monsieur.

Um exemplo comezinho, mas que me encantou, pois já no primeiro e breve diálogo que tive, logo ao entrar no avião da Air France:

— Bonjour Monsieur!
— Bonjour Madame!
— Bienvenu!
— Merci!

Na França o “Bonjour” e o “Merci” são expressões quase sagradas. Ao entrar em qualquer estabelecimento, por exemplo numa boulangerie(padaria), não se pode — EM HIPÓTESE ALGUMA — ir logo fazendo o pedido da sua apetitosa baguette (pão longo) ou de qualquer outro saboroso petisco. Os franceses não veem isso com bons olhos, julgam uma falta de educação muito grave. Em primeiríssimo lugar, você tem que usar a expressão “Bonjour Madame” ou “Bonjour Monsieur”. Após ouvir o “Bonjour” da outra parte é que se pode então fazer o seu pedido. Isso antes de iniciar qualquer diálogo e em qualquer lugar, mesmo na rua. Do contrário, os franceses, até por cortesia, poderão não dizer nada, mas pensarão: “Esse sujeito é deselegante”. Num português curto e grosso: “Esse sujeito é um “casca-grossa”...

O “Merci” também é indispensável nesse “cerimonial”. Sempre respondido com o “de rien” (de nada) ou “je vous en prie”. Não sei se exagero, mas acho que a expressão que mais ouvi em todos os lugares de Paris foi o “Merci”. Em segundo lugar, o “Bonjour” e em terceiro o “Pardon, Monsieur”, “Pardon, Madame”.


Aqui abro um parêntesis: Alguém poderia objetar que isso (o modo de cumprimentar) é uma coisa insignificante que não modifica uma sociedade.

— Responderia que APARENTEMENTE é uma coisa insignificante, mas que essa simples, pequena e fácil manifestação de cortesia, de respeito pelo próximo, pode mudar a história de uma pessoa, de uma família, de um país. Um exemplo: Se alguém, ao cruzar com um vizinho, não o saúda com o“Bom dia, senhor fulano”, poderá deixá-lo magoado. Ademais, seu filho seguirá o exemplo, imitando sua descortesia com os colegas. Você poderá ter contribuído assim para que o filho seja grosseiro. A família poderá viver em atitudes grosseiras e em conflitos uns dando “patadas” nos outros. Seu filho quando crescer, o que será para a sociedade e para o País?

* * *

Fechando o parêntesis e encerrando esse post: Ainda não encontrei resposta para uma questão: Será que tendo perdido o trato delicado a França ficou ranzinza, mas que atualmente está reencontrando a cortesia perdida? Com saudades da “douceur de vivre” (doçura de viver) quotidiana na França do“Ancien Régime”? Como vimos no post anterior ( Em busca da cortesia perdida! ), na “Belle Époque”,ocorreu esse “reencontro” com algo do estilo de vida elegante e cortês do “Ancien Régime”.


De passagem, falando de “Ancien Régime”, não resisto em inserir aqui um comentário de Talleyrand sobre essa época anterior à Revolução Francesa: “Ceux qui n'ont pas vécu avant 1789, ne connaissent pas la douceur de vivre" (“Aqueles que não viveram antes de 1789, não sabem o que é a doçura de viver”).

* * *

A propósito da impressão (sobre o reencontro com a cortesia) que trouxe da “Cidade Luz” — que muito me marcou, mas para a qual não encontrei resposta — pesquisei em alguns textos que guardo e deparei-me com uma conferência do Prof. Plinio Corrêa de Oliveira — um grande admirador da“Douce et Belle France” — na qual ele tece interessante comentário sobre o país. Aqui ofereço um trechinho que selecionei para nossos leitores:
Quadro exposto no Musée Carnavalet, em Paris (Foto PRC)

“A França, em determinado momento, inspirou a cortesia universal. E, fora de dúvida, ela é a nação da cortesia. A França de hoje não é o que desejaríamos, mas ficou pairando no mundo uma ideia de que seria incomparavelmente melhor se a França inteira vivesse isso [estimulando a cortesia]. Ela seria mais ou menos como a madeira aromática que se coloca numa sala: vai perfumando, perfumando, perfumando, sem se destruir”.

São Paulo, quinta-feira, 16 de agosto de 2012

Vídeo: Ecologia, palavra talismã

Autor: Edson   |   13:44   Seja o primeiro a comentar

O que ecologismo, sustentabilidade, feminismo, aborto, controle populacional, etc. têm em comum?

Para responder a essa pergunta, no Clube Homs de São Paulo, no dia 22 de junho, teve lugar o Painel:

“RioMENOS20 – O que os jornais não irão publicar sobre a Rio+20 – Mitos e verdades sobre o desenvolvimento sustentável” com a presença de numeroso público.

Os palestrantes foram o PhD em Meteorologia, Luiz Carlos Molion, professor de Climatologia e Mudanças Climáticas da Universidade Federal de Alagoas, que desenvolveu o tema “Mudanças climáticas: realidade ou mito”; Dr. José Carlos Sepúlveda da Fonseca, analista político do Instituto Plinio Corrêa de Oliveira – IPCO; e Dom Bertrand de Orleans e Bragança, príncipe imperial do Brasil e coordenador da campanha Paz no Campo.

No vídeo abaixo assista à conferência proferida por José Carlos Sepúlveda da Fonseca do blog Radar da Mídia. Ele analisa o evento Rio+20 à luz do pensamento e das teorias de ação de Plinio Corrêa de Oliveira.

São Paulo, terça-feira, 14 de agosto de 2012

“Chega de igualdade! Mulher não dá para ser soldado!” – diz capitã dos Marines

Autor: Luis Dufaur   |   13:35   Seja o primeiro a comentar

Katie Petronio: Chega disso! Nós não fomos criados todos iguais”
“Chega disso! Nós não fomos
criados todos iguais”
“Mulher nunca deveria ser soldado de infantaria”, escreveu a capitã dos Marines Katie Petrônio na revista “Marine Corps Gazette”, segundo informou a agência LifeSiteNews.

No artigo intitulado “Chega disso! Nós não fomos criados todos iguais”, a capitã defende que a anatomia feminina não é capaz de resistir às asperezas de uma longa carreira militar que envolve operações de infantaria.

Ela adverte que os Fuzileiros Navais (Marines) vão sofrer “um aumento colossal no número de mulheres incapacitadas e obrigadas a concluir sua carreira por causas médicas”.

Katie Petronio se baseia na experiência pessoal, adquirida em situação de combate. Esta acabou lhe causando sérios danos físicos, malgrado um promissor começo na elite da oficialidade da arma.

A capitã escreveu que “preenchia todas as condições” para ser uma mulher-soldado ideal quando começou a carreira. “Eu era uma estrela no hóquei sobre gelo no Bowdoin College, pequena escola de elite em Maine, com um título em Direito e Administração”.

Katie Petronio: “Cinco anos depois, eu não sou a mulher que uma vez fui”
“Cinco anos depois, eu não
sou a mulher que uma vez fui”
Ela também tirou resultados “de longe acima da média em todos os testes físicos de capacidade para mulheres”, embora não completasse todo o treino prévio.
“Cinco anos depois, eu não sou fisicamente a mulher que uma vez fui, e meus pontos de vista a respeito de a mulher ser bem sucedida numa carreira duradoura na infantaria mudaram muito”, escreveu Petronio.

“Eu posso dizer, com base na minha experiência pessoal direta no Iraque e no Afeganistão, e não é apenas uma impressão, que nós ainda não começamos a analisar e a compreender as questões específicas de saúde do gênero e os danos físicos nas mulheres por causa de contínuas operações de combate”.

Não dá para mulher aguentar o esforço que homem épode fazer
Corpo da mulher não aguenta
 o esforço que homem pode fazer
Petronio “participou em numerosas operações de combate” que por vezes duravam semanas, sofrendo stress e falta de sono.

Suas pernas começaram a se atrofiar, perdeu a mobilidade, perdeu peso, parou de produzir estrógeno e desenvolveu uma síndrome no ovário que a deixou estéril.

Ela completou seu período com bons resultados, mas percebeu que lhe seria impossível aguentar o esforço que um homem é capaz de fazer e pediu para se retirar por motivos de saúde.

Petronio manifestou sua preocupação diante da pressão dos grupos que impulsionam a integração de mulheres no corpo de infantaria.

Dinamitando árvore, foto de Katie Petronio
Dinamitando árvore,
foto de Katie Petronio
“Quem está promovendo essa agenda? Eu pessoalmente não vejo Marines femininas, recrutas ou oficiais, batendo às portas do Congresso, queixando-se de que sua impotência para servir na infantaria viola o direito à igualdade” escreve ela.

Kate diz que essa pressão está sendo aplicada pelo “pequeno comitê de civis nomeado pelo Secretário de Defesa” denominado Comitê Consultivo em Defesa para as Mulheres em Serviço (Defense Advisory Committee on Women in the Service – DACOWITS).

Embora alguns deles tenham experiência militar, nenhum de seus membros “estão no serviço ativo ou têm qualquer tipo de experiência recente em combate ou em operações relevantes sobre as realidades que eles estão tentando modificar”, observou Petronio.

São Paulo, segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Criminalidade e direitos humanos

Autor: Edson   |   10:36   Seja o primeiro a comentar


O banditismo foi um dos ingredientes da revolução comunista russa de 1917

A criminalidade e a violência se espalham pelo Brasil, especialmente na mais populosa de suas cidades, São Paulo. Elas são em grande parte praticadas por menores, que permanecem inimputáveis. Enquanto os “direitos humanos” dos criminosos são protegidos, restam às vítimas o choque, a perda de bens, a invalidez ou o cemitério.

Vejamos algumas breves e recentes notícias, colhidas no período de 22-6 a 3-7, portanto em apenas 11 dias, nos diários “O Globo”, “Folha de S. Paulo” e “Estado de S. Paulo”:

  • Seis policiais mortos nos últimos dias [todos estavam de folga e em trajes civis]. O comandante-geral da PM, coronel Roberval Ferreira França, criticou as entidades de direitos humanos e a Defensoria Pública do Estado, sobre as quais disse sentir falta de apoio por conta das recentes mortes de PMs.
  • Já são 27 crimes dessa modalidade [arrastões a restaurantes] neste ano na capital paulista. Em praticamente todos os arrastões em São Paulo neste ano, segundo as vítimas e a polícia, os ladrões eram jovens.
  • O Brasil ostenta um recorde de homicídios superior à Índia, que tem cinco vezes mais o número de nossa população, sem considerar que a Inglaterra elucida 90% dos seus crimes, os Estados Unidos 65%, a França 80% e o Brasil 6%.
  • O quartel da Polícia Militar em Jacareacanga, município do oeste do Pará, foi invadido, saqueado e queimado por 50 índios Munduruku.
  • Bandidos usam olheiro para achar e executar PM de folga.
  • Mais seis ônibus foram queimados na capital paulista, entre a noite de anteontem e a noite de ontem. Criminosos queimam nove ônibus em 13 dias.
  • São Paulo tem a terceira chacina em quatro dias.
  • Suicídio é a segunda maior causa de morte entre jovens no mundo. É a primeira causa de morte entre meninas de 15 a 19 anos.
  • Foi enterrado ontem em São Joaquim de Bicas, na região Metropolitana de Belo Horizonte, o corpo de Fabíola Santos Correia, de 12 anos, que foi assassinada e teve o coração arrancado por duas amigas de infância de 13 anos. Além de ter o coração arrancado, a jovem, que foi morta com golpes de faca, ainda teve a garganta cortada e o rosto desfigurado pelas adolescentes.

* * *

Essa onda de criminalidade faz lembrar uma previsão antiga, mas atualíssima, de Plinio Corrêa de Oliveira, publicada na “Folha de S. Paulo” em 16-11-1983, na qual um personagem imaginado por ele diz:

"Um governo consciente de suas obrigações tem por dever desmantelar a repressão e deixar avançar a criminalidade. Pois esta não é senão a revolução social em marcha. Todo assassino, todo ladrão, todo estuprador não é senão um arauto do furor popular. E por isto, farei constar ao mundo inteiro que a explosão criminal no Brasil está sendo caluniada por reacionários ignóbeis. A criminalidade é a expressão deste furor justamente vindicativo das massas.

"Farei entrar armas no Brasil. Quando os burgueses apavorados estiverem bem persuadidos de que não há saída para mais nada, suscitarei dentre os que você chama ‘criminosos’, um ou alguns líderes, que saberei camuflar de carismáticos. E farei algum bispo anunciar que, para evitar mal maior, é preciso que os burgueses se resignem a tratar com aqueles que têm um grau de banditismo menor”.

Não é sugestivo, caro leitor!

Fonte: Instituto Plinio Corrêa de Oliveira

São Paulo, sábado, 11 de agosto de 2012

Livro "Atualidade de Revolução e Contra-Revolução"

Autor: Edson   |   14:36   Seja o primeiro a comentar


Revolução e Contra-Revolução é considerado um dos livros de metodologia histórico-filosófica mais importantes publicados na segunda metade do século XX.

Sobre essa obra, meu estimado amigo Ivanaldo Santos, professor de filosofia da UERN, lançou recentemente pela editora ArtPress o livro Atualidade de Revolução e Contra-Revolução (R$18,00) que analisa a obra central de Plinio Corrêa de Oliveira.

Atualidade de Revolução e Contra-Revolução é dividida em quatro capítulos:

1º Como nasceu a providencial obra Revolução e Contra-Revolução.

2º A atualidade de Revolução e Contra-Revolução.

3º O método histórico-filosófico em Revolução e Contra-Revolução.

4º O tomismo militante: o discurso-ação de Plinio Corrêa de Oliveira.

Clique aqui para adquirir o livro no site da LivrariaPetrus (na seção Lançamentos).

São Paulo, sexta-feira, 10 de agosto de 2012

Fora da Igreja Católica não há resposta convincente...

Autor: Paulo Roberto Campos   |   13:37   4 comentários



Simplesmente transcrevo para nossos leitores uma notícia recente e boa (coisa rara em nossos tempos...), a qual, creio, agradará a todos. Trata-se da conversão ao catolicismo da célebre blogueira atéia Leah Libresco [foto], por cuja intenção devemos rezar, para que doravante ela seja uma verdadeira católica apostólica romana, e não uma “católica” da linha “progressista”, ou “esquerda-católica”, ou ainda tipo “teologia da libertação”.

Que Leah Libresco seja bem-vinda ao catolicismo e que, a partir de agora, “queime o que adorava e adore o que queimava”...

A notícia foi publicada na Agência ZENIT (30 de julho de 2012), traduzida do italiano por Thácio Siqueira.

Quando Deus é a única resposta convincente... 

Leah Libresco, blogueira americana atéia, anunciou em seu conhecido site a conversão ao catolicismo 

Por Salvatore Cernuzio 

ROMA — É uma história maravilhosa de conversão nos nossos dias, aquela de Leah Libresco, a popular blogueira americana atéia responsável do Patheos Atheist Portal.

No passado 18 de Junho uma postagem desta jovem filósofa, formada em Yale e colaboradora do Huffington Post, definitivamente chocou muitos seguidores — especialmente ateus — do seu blog, chegando rapidamente a todas as partes do mundo.

“Esta é a minha última postagem” anunciava dramaticamente o título do artigo, onde a blogueira declarava ter finalmente encontrado a resposta para aquela sua “moral interna” que até agora o ateísmo não conseguia satisfazer: o cristianismo. A resposta que durante anos Leah refutava e rejeitava com “explicações que buscam colocar a moralidade no mundo natural”. 

“Durante anos eu tentei argumentar a origem da lei moral universal que reconhecia presente em mim” explicou a blogueira; uma moralidade “objetiva como a matemática e as leis da física”. Nesta busca contínua de respostas, Leah se refugiou, por exemplo, na filosofia ou na psicologia evolutiva.

“Eu não pensava que a resposta estivesse ali” admite, mas ao mesmo tempo “não podia mais esconder que o cristianismo demonstrava melhor do que qualquer outra filosofia aquilo que reconhecia já como verdadeiro: uma moral dentro de mim que o meu ateísmo, porém, não conseguia explicar”. 

Os primeiros “sinais” de conversão vieram no dia de Domingo de Ramos, quando a blogueira participa de um debate com os alunos de Yale para explicar de onde deriva a lei moral. Durante a explicação, foi interrompida por um jovem que “buscava fazer-me pensar — como ela mesma lembra — pedindo-me para não repetir a explicação dos outros, mas para dizer o que eu pensava sobre isso”. 

“Não sei, não tenho uma ideia” é a resposta da Leah diante de uma pergunta simples, mas inquietante. “A sua melhor hipótese?”, continuou o jovem, “não tenho uma”, ela responde.

“Terá talvez alguma ideia”, continua ele; “não o sei... mas acho que a moral tenha se apaixonado por mim ou algo parecido” tenta falar a filósofa, mas o rapaz neste momento diz-lhe o que pensava.

Refletindo, a mulher diz: “Percebi que, como ele, eu acreditava que a moral fosse objetiva, um dado independente da vontade humana”. Leah descobre portanto que também ela crê “numa ordem, que implica alguém que o tenha pensado” e “na existência da Verdade, na origem divina da moral”.

“Intuí — explica ainda — que a lei moral como a verdade pudesse ser uma pessoa. E a religião católica me oferecia a estrada mais razoável e simples para ver se a minha intuição era verdadeira, porque diz que a Verdade é vivente, que se fez homem".

Pedindo depois àquele jovem o que lhe sugeria fazer, a filósofa atéia convicta, começa a rezar com ele a Completa no Livro dos salmos e continua “a fazê-lo sempre, também sozinha”.

Anos e anos de teorias, provas, convicções, desmoronados diante da única Verdade: Deus. Publicada no portal, a história de Leah provocou reações diversas e milhões de comentários. Basta pensar no fato de que tenha sido postada no Facebook 18 mil vezes e que a sua página web tenha recebido, segundo o diretor do blog, Dan Welch, cerca de 150 mil acessos.

Muitos comentários são acusadores, pessoas atéias que se sentem “traídas” por aquela que era para eles uma líder. Muitos outros, ao contrário, são de católicos que, como muitos não-crentes, seguiam o blog. Alguns expressam as suas felicitações e dizem: “Estou tão feliz por você. Rezei tanto. A aventura está apenas começando.”

Entrevistada pela CNN, a Libresco no entanto, confessou de ter ainda muito a entender e estudar sobre aquilo que sustenta a Igreja sobre questões de moral, como por exemplo a questão da homossexualidade que a deixa ainda “confusa”. “Mas não é um problema” afirmou, em quanto que tudo do que ela se convenceu “é razoável”.

Depois da conversão, a mulher procurou também uma comunidade católica, “escandalizando os amigos” mais incrédulos. “Se me perguntam como estou hoje respondo que estou feliz — diz a blogueira — o melhor período que você pode viver é quando você se dá conta de que quase tudo o que você pensava que era verdadeiro, na verdade era falso”.

Ainda à CNN, a blogueira contou que se sentia “renascida uma segunda vez”: “É ótimo participar da Missa e saber que ali está Deus feito carne — declarou — um fato que explica tantas outras coisas inexplicáveis”. 

Neste ponto, a questão que mais causa curiosidade é o que fará Leah do seu popular blog ateu? Uma pergunta que tem assombrado a mesma autora todos os dias depois daquela fatídica tarde em Yale.

“Parar de escrever? — Diz na sua postagem — continuar em um estilo cripto-católico esperando que ninguém perceba (como fiz no último período)?” Após um exame demorado, a solução foi outra: “A partir de amanhã, o blog será chamado Patheos Catholic channel e será usado para discutir com os ateus convictos, como fazia antes com os católicos”. 

O motivo? “Se a pessoa é honesta — explica — não tem medo de entrar em diálogo. Eu recebi uma resposta sobre o que buscava porque aceitei colocar-me em diálogo. O interessante de muitos ateus é que fazem críticas e pedem provas. Uma coisa utilíssima à Igreja, que não deve ter medo porque está do lado dos fatos e da razão”.

Incentivo, finalmente, conclui a postagem, quase uma despedida da Libresco aos seus muitos leitores ateus: “Quaisquer que sejam suas crenças religiosas parar e pensar naquilo que você crê é uma boa ideia e se assim compreende que há algo que te obriga a mudar de ideia, não tenha medo e lembre-se que a tua decisão pode somente melhorar a tua visão das coisas”.

São Paulo, quinta-feira, 9 de agosto de 2012

ACI - Comissão tem prazo irreal para revisar controvertido anteprojeto do novo Código Penal

Autor: Edson   |   10:25   Seja o primeiro a comentar

Reforma do Código Penal brasileiro

BRASILIA, 09 Ago. 12 / 03:00 am (ACI).- Na primeira reunião da comissão que analisa a reforma do Código Penal brasileiro, os senadores membros receberam um prazo de apenas 7 dias para apresentar seus pareceres ao relator do projeto, Senador Pedro Taques (PDT-MT), no que aparenta ser uma estratégia para apressar a aprovação de um texto que entre outras coisas, legaliza a prostituição, despenaliza o aborto e aprova as uniões homossexuais. Para esclarecer estes e outros temas relativos a este processo, ACI Digital entrevistou o advogado Paulo Fernando Melo da Costa especialista em Processo Legislativo e Regimento Interno da Câmara dos Deputados.

Outras fontes contatadas por ACI Digital já haviam afirmado que este é um artifício para que não haja tempo para que o povo, se manifeste a favor da vida e da família no novo código. “Não houve um só senador favorável ao prazo. Aparentemente o relator (Sen. Pedro Taques) parece ser o único que acredita na possibilidade de revisar um projeto de mais de 500 artigos em um prazo tão curto, o que nos leva a crer que esta é uma grande armação para que o texto seja aprovada sem oposição alguma”, afirmam fontes da nossa agência direto de Brasilia.

Por sua parte, o Vice-Presidente do PROVIDAFAMILIA e assessor parlamentar na Câmara dos Deputados há mais de 22 anos, Prof. Paulo Fernando Melo da Costa afirmou ao grupo ACI que o texto do Código Penal vigente que data de 1940 precisa efetivamente de uma atualização. “Entretanto a proposta apresentada pelo grupo de trabalho de 15 "juristas" não está em sintonia com o pensamento da grande maioria da população brasileira”, afirmou.

O advogado que também é membro da Comissão de Bioética da Arquidiocese de Brasília destacou ainda sobre o novo texto que este “trata da legalização da eutanásia,da prostituição, da jogatina, da descriminalização do plantio e do porte de maconha para o consumo próprio e a criação de outros tipos penais para a legalização do aborto como por exemplo, o chamado aborto psicológico até o terceiro mês de gestação quando um médico ou psicólogo poderiam atestar que aquela mãe não está preparada psicologicamente para dar à luz", pontuou.

"Por outro lado, a dosiometria da pena sugerida para certos delitos muitas vezes beira as raias do absurdo punindo com excessivo rigor os maus tratos aos animais (que devem ser punidos realmente) com uma sanção bem maior do que a de um vilipêndio de cadáver ou, por exemplo, consta o caso inusitado de que um shampoo falsificado viria a ter punição superior a um aborto cometido por terceiros”.

O senador Pedro Taques (PDT-MT) ao apresentar o cronograma manifestou o desejo ter três audiências públicas para ouvir as entidades representativas da sociedade como o STF, o STJ, a OAB, a Procuradoria da República, entre outras, para que haja participação da sociedade. Nós perguntamos ao perito se as mencionadas entidades representam a opinião, os anseios e as expectativas do povo brasileiro em relação ao novo Código.

“Essas entidades apenas representam os interesses classistas dos seus dirigentes, não sendo interpretes nem dos seus associados e bem longe de serem porta-voz da população brasileira. Sendo advogado não tenho conhecimento que o Conselho Federal da OAB tenha consultado os colegas sobre os temas asseveradas no novo Código Penal.É apenas uma mera encenação para justificar que teoricamente houve participação da sociedade no novo código”, disse o Dr. Paulo Fernando Melo em exclusiva à ACI Digital.

Na opinião do Professor Melo, o povo brasileiro não está ciente do que está sendo aprovado com este reforma e deve manifestar-se.

“A população brasileira estará alheia a apreciação do novo Código Penal, até mesmo porque estaremos em plena disputa eleitoral para prefeito e vereadores nas cidades.O detalhe curioso é que o Congresso Nacional estará de recesso branco até as eleições, ou seja, sem sessões de votações no parlamento e mesmo assim a comissão especial se reunirá com um quorum baixíssimo em uma quinta-feira esvaziada".

"Urge a necessidade da população participar de maneira veemente quer utilizando o "Alô Senado" (0800612211), ligando para o gabinete dos senadores e enviando fax/email para os gabinetes.Outro aspecto importante é utilizar as redes sociais para informar, debater e denunciar todas as manobras para aprovarem esse nefasto texto legal”, sublinhou.

Por último perguntamos ao advogado católico sua opinião sobre o tempo fixado de apenas 7 dias para os senadores revisarem e aprovarem todo o anteprojeto e se há alguma má intenção de aprová-lo tal qual ele está.

Em sua resposta, o acadêmico pró-vida afirmou: “o Código Civil brasileiro em vigor sugerido no texto do ínclito Professor Miguel Reale foi apresentado em 1975 e ficou em discussão por mais de 25 anos no Congresso Nacional, este ano completou 10 anos de sua vigência com inúmeras alterações já feitas ao texto.Como admitir que os Senadores possam num prazo tão ínfimo analisarem algo que vigorou por 72 anos? Este novo texto foi elaborado pela comissão em 7 meses e hoje a relatoria, em seu cronograma, estabeleceu que os senadores tenham menos de um mês para oferecerem emendas , e apenas 7 dias para a análise completa dos mais de 500 artigos que compõem o anteprojeto além de todos os projetos atualmente em trâmite no Senado Federal,estima-se ainda que tenhamos hoje mais de 100 projetos de lei que foram apensados ao PLS236/2012 (Novo Código Penal)”.

“Trata-se de um prazo que poderia concorrer ao "óscar" por efeitos especiais, é simplesmente irreal, para não dizer irrisório. Concluímos, portanto, que tal calendário foi fixado para que não haja suficiente reflexão sobre o texto e nem o estudo sério e detalhado de todas as ciladas, incongruências e falhas apontadas assim aprovarão , em total falta de sintonia principalmente nos tópicos contrários à vida e à dignidade humana”.

“Estima-se que serão apresentadas mais de mil emendas ao texto, uma questão meramente matemática, em 7 dias o relator terá 168 horas ou 10800 minutos(se não fizesse outra coisa na vida) para ler, estudar e emitir parecer sobre o texto original com mais de 500 artigos, as 1000 emendas oferecidas e de todos os projetos em tramitação no Senado entre eles o PLC 122/06 criminalização da homofobia e do PLS 50/2010 que trata do aborto de anencéfalos, caso o Senador Taques conseguisse tal proeza poderia participar de qualquer filme de super heróis.Assim sobraria 7 minutos para a discussão e a aprovação simbólica seria feita em 7 segundos”, ironizou.

“A sociedade exige e merece mais respeito dos nobres Senadores , afinal o novo Código Penal afetará a vida de todos os brasileiros, incluindo o nobres Senadores, apesar da imunidade parlamentar que até hoje eles as mantém”, concluiu o perito.

São Paulo, segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Em busca da cortesia perdida!

Autor: Paulo Roberto Campos   |   10:20   Seja o primeiro a comentar



Em continuação ao post anterior ( NÃO DEIXE A CORTESIA MORRER ! ), apresento hoje uma matéria de autoria de Nelson Ribeiro Fragelli, que desenvolve brilhantemente um tema muito correlato à nossa campanha “Em busca da cortesia perdida!”.

(Foto acima: Quadro exposto no Musée Carnavalet (em Paris) representando o esplendor de vida da sociedade parisiense na Belle Époque - Foto: Paulo Roberto Campos).

O autor mostra como na Belle Époque reluzia o bom trato entre as pessoas, a cortesia era a agradável companheira da vida quotidiana, mas que, com as invenções modernas — como a eletricidade, telefone, rádio, cinema, bicicletas, automóveis etc. — entrou naquela bela época a mania da velocidade e com isso a mudança nas tradições de família, no bom trato social, nas boas maneiras. Em síntese: entra o progresso técnico e a cortesia se retira.



Belle Époque — esplendores e contradições

Transcorrida entre 1870 e 1914, foi uma época brilhante, na qual infelizmente o mito do progresso gerou novos estilos de vida, incompatíveis com a moral, o esplendor e a cortesia


Nelson R. Fragelli
(Fonte: Revista Catolicismo, edição 729, Setembro/2011)

Duas impressões vêm à mente da maior parte das pessoas quando pensam na Belle Époque. De um lado, as roupas femininas — saias longas, apertadas na cintura, chapéus largos, a sombrinha não podia faltar. E os trajes masculinos — fraque escuro e cartola. Ainda hoje, em ocasiões de gala, os homens usam esse traje como sendo o máximo da elegância.

Indissociavelmente ligadas a tal modo de vestir ficaram na lembrança as boas maneiras e a cortesia. Eram nas festas, recepções, concertos que essa distinção de trato encontrava o ambiente próprio a se desenvolver e encantar a sociedade. Não havia maior prazer do que a conversa.

A arte de conversar era então das mais cultivadas. No centro dessa arte estava a cortesia. Isto é, a consideração pela dignidade própria ao interlocutor, fosse ele sacerdote, nobre ou pessoa do povo. A escolha do assunto? — se é que se pode falar de escolha, pois ele surgia segundo a ocasião social, iluminando-se gradativamente, suavemente, como o acender das velas por lacaios em libré, lustre após lustre, naqueles salões. O desenvolvimento do assunto e a escolha das frases, isto sim, era circunstancial, fazendo da conversa uma obra de minuciosa composição temática. Uma obra que encantava.

Joaquim Nabuco / Foram a amenidade e a elegância da vida social que tornaram a Belle Époque bela / Cena do dia da Primeira Comunhão em Paris
Ritos como numa liturgia temporal

Que críticas não se deviam fazer em determinado ambiente? Ou em que medida fazer elogios? Em caso de uma discussão, como manter a elevação da conversa? Caso se tratasse de convite para um jantar, por exemplo, que flores oferecer e com que traje comparecer? Como se servir dos talheres, do guardanapo, dos vinhos? Terminada refeição, prescreviam os ritos sociais conhecer o momento oportuno de se retirar, a fim de nem sobrecarregar a hospitalidade dos anfitriões com uma conversa muito longa, nem dar a impressão de aborrecimento, retirando-se apressadamente.

Todos os atos da vida social eram organizados segundo regras — flexíveis de acordo com o bom senso, é claro, mas que constituíam uma verdadeira liturgia da vida civil — cuja finalidade era dar ao próximo respeito, reverência e honra. Havia então uma ordem de valores que unia a todos da sociedade e essa ordem era superior aos interesses ou aos prazeres individuais. Essa liturgia era um resto da antiga caridade cristã, ensinada pela Igreja, e cujo modelo tinham sido as interlocuções dos monges nos mosteiros e nas abadias. Havia um momento da vida monacal dedicado à conversa — e ela era obra de santificação — que ensinava a dominar as inclinações e controlar a vontade própria em favor do próximo. Primava a caridade.

Assim, na Belle Époque, foi a amenidade e a elegância da vida social que a tornaram bela.A vida de salão atraía irresistivelmente a todos, porque no contacto humano a cortesia dá um prazer durável. A cortesia é o melhor portador de respeito e amizade: dois sentimentos que confortam a alma. A distinção orienta o homem no sentido diáfano do anjo.

Um episódio muito ilustrativo da época

Talvez um exemplo faça luz sobre a cortesia de então. Nos primeiros anos do século XX, em plena Belle Époque, chefiava Joaquim Nabuco a Missão Diplomática do Brasil em Londres. Pertencente a uma família de políticos, intelectual de renome, tomado por abstrações filosóficas e políticas, Nabuco era conhecido por suas distrações.

Tendo recebido convite, belamente impresso, para jantar em casa de outro embaixador, esforçou-se por chegar à hora, pois embora a pontualidade não estivesse de modo algum em seus hábitos, na Inglaterra ela sempre foi rigorosamente exigida. Recebido pontualmente pelo mordomo, teve entretanto de esperar um tempo mais longo do que habitual até que aparecesse o embaixador, acompanhado de sua senhora. Amabilíssimos, contentes com a presença de Nabuco, mestres na arte de receber, incitaram-no a falar — desde sobre florestas exóticas do Brasil até os movimentos sociais da recente República — o que muito lhe agradou. Terminados o jantar e a animada conversa, o casal o acompanhou até a saída, e ao abrir-lhe a porta do cabriolé, disse então o diplomático anfitrião, com ligeira inclinação: “Prezado Doutor Nabuco, segundo o convite que tivemos a honra de lhe enviar, nós o aguardamos então, amanhã, para o jantar”. Nabuco tinha se enganado de data e comparecido um dia antes...

Salões e a nobre arte da conversa

Não surpreende que, em razão dessa amenidade de trato, nas grandes cidades européias os salões se multiplicavam em todas as classes sociais. A elite, em seus palácios, discutia arte e literatura, ambas em rápida transformação. Política era também um tema central. Monarquistas afeitos às belas e boas tradições enfrentavam os republicanos imbuídos de suas idéias de progresso e reformas sociais. Os salões burgueses se reuniam nos cafés. Escritores e poetas frequentavam cafés literários; professores e cientistas os cafés universitários. As novidades científicas empolgavam, pois as descobertas e invenções se multiplicavam. Na medicina surgiam novos remédios e métodos cirúrgicos. Em todos esses salões cintilavam inteligências. Quando o clima permitia, sobretudo na primavera e no verão, concertos e espetáculos ao ar livre reuniam nos grandes parques e jardins pessoas provenientes dos mais variados salões. Paris e Berlim ofereciam jardins cujo elevado bom gosto se refletia para os paulistanos no Parque da Luz e no Parque Antarctica, e para os cariocas na Praça Paris.

“Salões” nas pequenas cidades e aldeias

Havia também “salões” — talvez os mais autênticos — nas pequenas cidades e nas aldeias. À saída da Missa, pequenos grupos de pessoas se reuniam num café ou em casa de uma delas, quando não os recebia o chefe político local. A literatura, as artes, a ciência não constituíam os grandes temas das conversas. O centro das atenções era a vida do lugar. Uma cabra desaparecida, uma onça vista à noite ao lado do curral, o incêndio no paiol do vizinho, a chegada do novo pároco, rumores de que ladrões vindos de longe rondavam a região, narrativas de caçadas eram assuntos próprios a inflamar as conversas. Por vezes as reuniões se davam também durante a preparação das festas religiosas ou das procissões solenes. Desses encontros até crianças participavam, ouvindo silenciosamente, aprendendo com os mais velhos. Não havia rádio. A televisão estava ainda mais distante. Não havia, portanto, a excitação das novidades e a ânsia comercial despertada pela propaganda. As pessoas assim se preservavam, conservando o caráter autêntico de sua família e de sua região, sendo cada uma delas uma personalidade rica em particularidades. Precisamente esta riqueza tornava interessante o contacto, pois de que vale encontrar-se com pessoas padronizadas pela propaganda, tal como cada um dos outros? Se nesses “salões” a delicadeza cortês e as sutilezas de linguagem podiam não ser a nota dominante, como na capital, a autenticidade das almas oferecia uma variedade de caracteres também ela encantadora. Este esplendor das relações sociais conferiu à Belle Époque seu qualificativo de bela, tornando-a inesquecível.

As primeiras bicicletas / Invenções transformaram profundamente a sociedade da Belle Époque / O telégrafo e o telefone / A brutalidade da Guerra sufocou na lama das trincheiras e nos gazes mortíferos a beleza daquela época

Invenções modernas e mudanças sociais

Entretanto, havia o outro lado — realidade contraditória com o encanto social da Belle Époque. Ela representa a segunda impressão que logo vem à lembrança, ainda hoje, quando pensamos naquele período entre 1870-1914. Essa realidade se apresentou insidiosamente às pessoas de então, sob a máscara atraente do enorme progresso técnico. As cidades grandes foram as primeiras a adotar as invenções: eletricidade, telefone, rádio, cinema, bicicletas, automóveis. As conquistas da tecnologia entusiasmavam. Os olhos se enchiam de lágrimas ao verem os primeiros balões dirigíveis contornar as torres das catedrais ou ao se ter notícia, na Patagônia ou no Saara, da vitória japonesa em Port Arthur, no momento em que as armas ainda fumegavam: o telégrafo dava ao homem um novo senso de sua presença na Terra. Acreditava-se que a máquina a vapor e a eletricidade dariam ao mundo uma forma de felicidade nunca antes obtida.

Acontece que o progresso técnico trazia em seu bojo profundas mudanças sociais e morais, dele inseparáveis. Poucos viram esse perigo. Desejava-se juntar ao esplendor social os confortos trazidos pela técnica.

Mas a máquina, trazendo velocidades e a produção em massa, minava a sociedade. O trem — e logo depois o automóvel — trouxe o gosto pelas viagens — nascia o turismo, visitavam-se estações balneárias e montanhas desconhecidas da maioria.Consequentemente incrementava-se o esporte e com ele a modificação dos trajes, adaptados às novas maneiras e sempre tendentes a considerar como aceitável o que até pouco antes era visto como imoral. O esporte separava as gerações, pois os mais velhos ainda não os praticavam em razão das normas do decoro: como era ridículo ver alguém de fraque e cartola pedalando bicicletas! Com o esporte vieram as danças cujo ritmo parecia competir com a velocidade das máquinas, acelerando-se sempre, sempre mais sensuais. Do minueto passara-se à valsa, da valsa ao charleston e ao tango. A indústria empregava moças e elas, ainda então ligadas aos círculos da família paterna até o casamento, passaram a trabalhar como operárias ou secretárias, tornadas independes pelo salário. Aumentavam as uniões fora dos laços sagrados do matrimônio cristão, apareciam os primeiros casos de divórcio, caía a prática religiosa. Em vários países europeus aumentava a prostituição. A glorificação das velocidades intoxicou os espíritos que passaram a se distanciar de toda forma de recolhimento. Entre os balões dirigíveis e a torre da catedral, esta passou a representar o passado petrificado enquanto os dirigíveis simbolizavam o futuro, o movimento, pois eles permitiam o descortino de horizontes mais vastos.

Utopia socialista, desluzimento de uma bela época

Politicamente, os republicanos oriundos da Revolução Francesa viam com simpatia os novos costumes. Sabiam que a decadência moral dos anos precedentes à Revolução de 1789 tinha sido uma das principais causas da vitória revolucionária. Partidários do progresso e da técnica consideravam os restos de tradições cristãs como incompatíveis com os novos tempos. Essa mesma corrente evoluía, aos poucos, rumo à aceitação da utopia socialista.

Tanto os aficionados à elevação social daqueles anos, na qual viam um ideal a ser conservado, quanto os partidários do progresso tiveram enorme sobressalto com a eclosão da Primeira Guerra Mundial, em meados de 1914. Os primeiros viam no terrível conflito a destruição de tradições tão preciosas e belas. Os outros, por reconhecer no progresso o criador de máquinas mortíferas nunca antes fabricadas. A brutalidade da Guerra sufocou na lama das trincheiras e nos gazes mortíferos a beleza daquela época.O mundo nunca mais voltou a ser o que era. O esplendor social empalideceu para em seguida entrar em obscuro ocaso. Hoje, em meio às frustrações de uma sociedade altamente tecnológica e vazia de conteúdo moral e religioso, um número crescente de pessoas admira o esplendor e lamenta o desaparecimento daquela doce liturgia que no convívio da Belle Époque regulava os atos de cortesia.

São Paulo, quinta-feira, 2 de agosto de 2012

Não deixe a cortesia morrer!

Autor: Paulo Roberto Campos   |   10:52   Seja o primeiro a comentar


Cortesmente, o Príncipe William
protege sua esposa, Kate
Middleton, da chuva.
O portal IG, na sua seção “Comportamento”, publicou ontem um muito interessante artigo a respeito de um procedimento cada vez mais esquecido: a CORTESIA.

Lembra dela? Embora a palavra exista nos dicionários, existe ela ainda em nosso dia-a-dia? Se desaparecer a cortesia no trato entre as pessoas, não será este verbete excluído até dos dicionários?

Poderíamos responder que a CORTESIA não morreu, mas encontra-se na UTI... Precisamos salvá-la! Como? Praticando este gesto, que, em certo sentido, poder-se-ia chamar de “virtude da cortesia”.


Descortesia: Um homem leva apenas uma
caixinha, deixando a mulher
com o pesado fardo.
Se os pais derem bom exemplo sendo corteses; se os cônjuges se respeitarem mutuamente, procurando ser gentis, polidos no trato etc., os filhos os imitarão. Se os pais forem descorteses, como estranhar que seus filhos tenham um trato abrutalhado? Como estranhar que eles sejam grosseiros em relação aos amigos?

Espero poder voltar a tratar deste importante tema para as famílias. Enquanto isso, eu convido os leitores deste blog a fazerem uma campanha em busca da cortesia perdida! Um dos modos seria propagando este post com o artigo abaixo, comentando com os seus próximos etc.




***

Cortesia saiu de moda?

Gentilezas que vão além das regras da boa educação parecem cada vez mais raras no dia a dia. Há como trazê-las de volta?

Verônica Mambrini | Redação | 22/07/2012 
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Ninguém discute que a vida está mais rápida, agitada e cheia de informação. Também é fato consumado que as cidades grandes obrigam muita gente a viver espremida e estressada. Existe espaço nesse cenário caótico para a cortesia ou ela caiu de moda?

“Eu não diria que ela saiu de moda, mas que está um pouco esquecida”, diz Vanessa Barone, consultora de etiqueta e autora do livro “Descomplique – um guia de convivência e elegância” (editora Leya). “É um retrato da nossa época. O excesso de gente, de trabalho, os horários apertados, tudo isso faz você pensar em si mesmo, antes de mais nada”, acredita a consultora. “Mas todo mundo valoriza a cortesia e quem é cortês.”

Parece difícil ser cortês no meio de tanta correria, mas Vanessa acha perfeitamente possível. “Cortesia não faz você perder tempo. Quanto segundos você acha que perderia em 24 horas se tivesse a cortesia de parar antes da faixa para o pedestre atravessar em paz e ainda cumprimentá-lo com um sorriso? Quase nada.” Para ela, cortesia é um treino: quanto mais se pratica, mais internalizada fica e, portanto, mais natural e fácil.

A professora de história, Flor Martha Ferreira, que dá aulas de bons modos e cortesia para crianças e adolescentes há dez anos, explica que, apesar de usarmos a cortesia como sinônimo de bons modos, o termo vem do comportamento dos nobres na corte e estaria ligado diretamente a um jeito 'civilizado' de viver em grupo. O jeito elegante dos nobres e dos fidalgos. “Neste sentido, não pode ser confundida com boas maneiras ou regrinhas sociais, cortesia tem a ver com valores humanos”, conclui a professora. De fato, o dicionário Houaiss, define cortês como: adj.: 1 da corte (‘cidade’) 2 refinado, civilizado, urbanizado 3 fig. delicado nas palavras e ações; gentil.

“Perdemos os hábitos porque perdemos a consideração pela pessoa humana; se quisermos recuperar a cortesia, teremos que priorizar as pessoas mais do que as coisas, o bem estar de todos, mais do que os interesses pessoais, o altruísmo, mais do que o egoísmo", acredita Flor Martha.

Qual a diferença, na prática, então? “Uma pessoa corrupta pode até dizer “obrigado”, ter gestos educados ou agradar com gentilezas, mas não é cortês porque não tem respeito pelo outro”, exemplifica Flor. Em geral, a cortesia anda em paralelo com os valores religiosos e morais. A base da cortesia no mundo ocidental são os preceitos cristãos de caridade e de amor ao próximo, avalia a professora.

Ela acredita que seja possível fazer um resgate por esse caminho. “É só ensinar boas maneiras junto com virtudes humanas”, afirma Flor. E quanto mais cedo, melhor, de acordo com Vanessa: “Depois de adulto, você pode ensinar regras de etiqueta, mas não é tão natural. Cortesia é algo que passa pelo processo da educação e pelos exemplos. Não adianta querer que seu filho seja cortês, se você não for”, diz a escritora.

E quem está ao nosso redor? Se você já está fazendo sua parte, vale a pena dar uma “cutucadinha” delicada, ensina Vanesssa. “Quem entra no elevador antes de você sair deixa claro que não está vendo você. Tem gente que não enxerga o outro. É impressionante. Eu não consigo esconder meu descontentamento. Costumo fazer cara feia ou dar um toque verbal, de leve.” Sempre, claro, sem ofender nem atacar ninguém.

As regras valem também nos relacionamentos mais íntimos. A mulher que reclama que seu companheiro não é cortês, por exemplo, pode tomar a iniciativa. “Eu diria que a mulher deve dar uma paradinha antes de entrar no elevador para dar uma chance do parceiro fazer um gesto cortês.”, explica a autora de “Descomplique”. “Se ele não fizer o gesto educado, o problema não é dela. Mas ao menos ela cobrou respeito.”

Esperar o comportamento delicado e gentil é uma forma de se respeitar. “Quando seu parceiro não enxerga você dessa forma delicada, vale a pena discutir esse ponto da relação. Se você apóia a pessoa, é justo esperar que ela ofereça ajuda com a sacola mais pesada, por exemplo”, afirma Vanessa. E não é questão do outro ter ou não capacidade de carregar a sacola, Trata-se de mostrar que você se importa com seu bem-estar.

Ao seguir esses princípios, a cortesia fica mais natural e passa a fazer parte do dia a dia. Sem nem precisar decorar regrinhas como quem deve andar do lado mais externo de uma calçada, quem deve levantar primeiro para cumprimentar um conhecido ou a quem cabe oferecer ajuda para carregar compras pesadas.